Descrição:
Esta espécie recentemente descrita pertence ao clado de H.polytaenius, grupo de H. pulchellus (Faivovich et al. 2005), no grupo de H. polytaenia, de acordo com a descrição original
(Caramaschi e Cruz 2004). É relativamente pequena para o grupo (machos tendo 24-29 mm, fêmeas 33-34 mm de CRC). A cabeça é estreita e o corpo alongado. Tal como outros membros do clado de H. polytaenius, possui um dorsal padrão composto por listras marrons. É portador de uma crista supracloacal, mas o apêndice calcâneo é ausente. O focinho é arredondado em vista dorsal , olhos laterais e proeminentes, saco vocal desenvolvido, tímpano arredondado e pequeno, prega supratimpanica visível, atingindo o braço. Um único prepólex, com espinho curvado. Superfície dorsal lisa; barriga, ventre e superfície da cocha com granulações. Um simples saco vocal. Tubérculos metatarsais pequenos. Discos adesivos dos dedos pequenos.
Distribuição, Altitude, Habitat:
A espécie foi descrita recentemente e até 2006 era conhecida apenas da localidade tipo, em Poços de Caldas, 1.200 m s.n.m. sul de Minas Gerais (SE Brasil). Mas a sua distribuição foi ampliada cerca de 120 km ESE, para o município de Pedralva (Orrico e Luna Dias-Neto 2006). H. beckeri também é conhecida de Lambari, Carrancas e São Tomé das Letras (Acioli e Toledo, 2008) outra localidades de Minas Gerais. A espécie é mais comumente encontrada em dias chuvosos, em áreas abertas, perto de pequenos charcos temporários ou córregos permanentes com
vegetação marginal composta por Poaceae e Cyperaceae, e pequenos arbustos, e menos comumente em borda de mata (pers. obs.).
História de Vida, Abundância, Atividade e Comportamentos Especiais:
Os machos desta espécie vocalizam durante a noite a partir de vegetação baixa. É encontrada em baixa densidade, depois de chuvas pesadas, e só no período chuvoso. Poucos exemplares foram coletados entre setembro e Março (Caramaschi e Cruz 2004; Orrico e Luna Dias-Neto 2006; pers.
obs.). É provável que o modo reprodutivo seja semelhante a outros membros do clado de H. polytaenius com os ovos e os girinos exotróficos em ambientes lIenticos, isto é, o modo reprodutivo 1 Haddad e Prado (2005). Dados mais detalhados sobre a vida história, abundância são necessários para avaliar corretamente o estado de conservação desta espécie. Girinos são desconhecidas, embora a sua ecologia possa ser semelhante a outros membros do clado H. polytaenius (ver também a recente revisão de girinos do gênero Hypsiboas Kolenc et al. (2008) com a caracterização geral dos girinos do grupo H. pulchellus). O canto foi recentemente descrito por Acioli e Toledo (2008): as vocalizações são dadas esporadicamente, o canto de anúncio é composto de 2 notas, a primeira é maior e tem mais pulsos que a segunda, esta pode ser emitida ou não.
Tendências e Ameaças:
A sua distribuição geográfica está dentro de uma área protegida (como o Parque Estadual Nova Baden, em Lambari-MG). Flutuações populacionais parecem ser comuns.
Referências:
A lista de literatura citada encontra-se no fim do resumo em inglês.
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Escrito por: Diogo Borges Provete, Departamento de Zoologia e Botânica, Universidade Estadual Paulista-SP (UNESP), Brasil, 2008-11-27
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Citation: AmphibiaWeb. 2025. <https://amphibiaweb.org> University of California, Berkeley, CA, USA. Accessed 2 Jan 2025.
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